sábado, 12 de maio de 2007

O que você tem feito pelas escolas públicas?

André Aloi, para o Bandeirante de Praia Grande
texto extraído do site: http://www.demolaysp.com.br/

Atualmente as instituições escolares passam por novas provas a cada dia. Elas são alvo de atos como indisciplina, violência, depredação e vandalismo. Os professores agora têm de administrar o tempo das aulas assumindo também o papel de psicólogos, assistentes sociais e juízes, porque os alunos não vão até lá apenas para aprender.

A realidade da Escola Estadual Prof. Antônio Nunes Lopes Silva, situada em um bairro periférico de Praia Grande (litoral de SP) era parecida com a descrita. Com aproximadamente 1.500 alunos do ensino fundamental e médio, alguns anos atrás, quase saiu do controle antes que a atual administração assumisse.

Segundo a diretora, Kátia Santana Rocha, a violência que acontecia na unidade está contida, porque as regras impostas pela administração ficaram mais rígidas. Mas ela garante que não há como controlar todos. "Há pais que xingam o professor na frente dos filhos. Os valores foram se modificando (ao longo dos anos) e a Educação está em segundo plano", frisa. "Há uma falta de incentivo por aprendizagem e os pais não se dão conta que servem de espelho para os filhos".

De acordo com Katia, a principal dificuldade da unidade escolar está em aproximar a instituição das famílias. A diretora diz que os pais reclamam quando são chamados para responder pelas atitudes dos filhos."Os responsáveis que banalizam atitudes como desacato e vandalismo podem virar as costas para atos maiores num futuro próximo", lembra a pedagoga.

Ela diz ainda que projetos como o Escola da Família - implantado pelo governo estadual com o objetivo de manter as unidades abertas para atividades culturais e esportivas -, os pais freqüentam muito pouco. "Durante as atividades, vêem-se muitas crianças, adolescentes e até idosos acompanhando as aulas e cursos, mas quase nenhum adulto que seja pai ou responsável por alunos da escola". Kátia acredita que se eles acompanhassem a vida escolar dos filhos, o rendimento desses alunos melhoraria 90%.

Incentivo – A coordenadora pedagógica da mesma escola, Lílian Gonçalves, ressalta que caso houvesse a participação da comunidade em dinâmicas de grupo, palestras e discussões sobre o que os alunos pensam, os estimularia a pensarem num futuro. "Muitos não conhecem outro lugar. Até mesmo por falta de escolaridade dos pais, eles não têm incentivo para continuar os estudos", argumenta. O segundanista do ensino médio Wellington Barato, de 16 anos, afirma que para atrair seus pais à Escola, seria necessário que a unidade oferecesse cursos de acordo com o gosto deles. "Eles se interessariam por cursos de informática, línguas, manicure e cabeleireiro".

Para Vanessa Soares, de 16 anos e que também cursa o 2º ano do Médio, para fazer com que colegas de classe se interessassem por um curso de faculdade, seria "legal" que jovens que estão terminando suas graduações fossem à unidade explicar um pouco sobre a profissão que escolheram. "Com orientação profissional feita por jovens, eles se sentiriam incentivados a pesquisar mais sobre a profissão", conclui.

E então, como agir?
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